STJ: Entenda a função e a importância deste tribunal!

Frente do STJ

Você sabe o que é STJ?  Este órgão não é apenas mais um componente do Poder Judiciário brasileiro, é uma influência crucial na aplicação e interpretação das leis em todo o país.

Neste artigo, vamos explicar como é o funcionamento do STJ, trazer sua história, composição, funções e muito mais. Continue com a gente até o fim e boa leitura!

O que é STJ?

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) é um dos órgãos do Poder Judiciário. Seu dever é  unificar a interpretação da lei federal em todo o país. O STJ atua como a instância final para casos civis e criminais que não abordam questões constitucionais ou competências específicas de outras instâncias judiciais especializadas. Em outras palavras, o STJ é a peça-chave para garantir a consistência na aplicação da lei federal em território nacional.

Como funciona o STJ?

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) é um tribunal superior integrante do Poder Judiciário brasileiro, localizado em Brasília. Criado pela Constituição Federal de 1988, o STJ é composto por 33 ministros, selecionados de acordo com critérios específicos estabelecidos pela Constituição.

Os ministros são escolhidos dentre brasileiros natos ou naturalizados, com idades entre 35 e 70 anos, que possuam notável saber jurídico e reputação ilibada. A CF/88 reserva um terço das vagas para juízes dos Tribunais Regionais Federais (TRFs), outro terço para desembargadores dos Tribunais de Justiça (TJs), indicados em lista tríplice pelos próprios tribunais, e o terço restante composto por advogados e membros do Ministério Público.

A nomeação dos ministros é realizada pelo Presidente da República, sendo necessária a aprovação por maioria absoluta no Senado. Diferentemente de tribunais estaduais e regionais federais, o STJ não é uma instância de julgamento de casos concretos.

Qual é a história do STJ?

O STJ tem suas raízes nos acontecimentos políticos e judiciais do Brasil no século XX. Antes de ser criado, vem do Tribunal Federal de Recursos (TFR), também conhecido como “Tê-fê-rê”. 

Com a Constituição de 1988, as tarefas do TFR foram transferidas para os tribunais regionais federais, mas sua estrutura e membros foram fundamentais para formar o recém-nascido STJ.

Ao longo do tempo, o STJ passou por mudanças importantes, se adaptando às transformações na sociedade brasileira. Tornou-se uma referência global em processos eletrônicos, gestão socioambiental e transparência, mostrando um compromisso contínuo em evoluir para atender às necessidades do momento e da população brasileira.

Qual é a função do STJ?

O Superior Tribunal de Justiça desempenha diversas funções cruciais para o sistema judiciário brasileiro. A seguir, separamos algumas delas!

Julgar Recurso Espe​​​cial

Uma de suas principais atribuições é julgar o recurso especial, buscando uniformizar a interpretação da lei em todo o país. Quando diferentes tribunais estaduais chegam a interpretações distintas de um mesmo dispositivo de lei, é possível recorrer ao STJ para que ele defina a interpretação mais adequada, orientando assim as demais cortes.

Imagine a seguinte situação: um tribunal no Rio de Janeiro interpreta um artigo de uma lei de uma maneira, enquanto um tribunal em São Paulo chega a uma conclusão diferente ao analisar o mesmo artigo. 

Diante dessa divergência interpretativa, é possível recorrer das decisões desses tribunais para que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) intervenha e defina qual interpretação é mais adequada. Lembrando que essa decisão passa a valer a todas as demais cortes do país, promovendo assim a uniformidade na interpretação da lei federal.

Resolver conflitos de Direitos Humanos

Outra importante função do STJ é relacionada aos direitos humanos. O Procurador-Geral da República pode solicitar ao tribunal a “federalização” de processos em casos de grave violação desses direitos, evitando o descumprimento de tratados internacionais. 

Essa solicitação, chamada de incidente de deslocamento de competência (IDC), é avaliada pelo STJ, que, se acolhida, transfere o inquérito ou processo da justiça estadual para a federal.

Julgar crimes de autorid​​ades públicas

O STJ também é responsável por julgar crimes comuns praticados por desembargadores, governadores, políticos e outras autoridades públicas. Nesses casos, um ministro preside o inquérito, trabalhando em conjunto com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal. Durante essa fase inicial, o ministro relator tem a função de autorizar diligências e prisões.

Ao final das investigações, um subprocurador-geral da República avalia se existem indícios de crime e, se for o caso, apresenta uma denúncia. Essa denúncia é então apreciada pelos ministros da Corte Especial do STJ. Se a denúncia for recebida, inicia-se a ação penal, que pode resultar em condenação ou absolvição do réu.

Juiz em pé batendo martelo
O STJ pode julgar crimes de políticos

Quais são as outras funções do STJ?

O STJ também é responsável pelo julgamento de habeas corpus, habeas data, mandado de segurança e mandado de injunção, especialmente quando atos ilegais são praticados por autoridades públicas. Esses casos chegam ao tribunal em recursos quando os tribunais regionais federais ou de justiça negam os pedidos.

Além disso, é responsabilidade do STJ resolver conflitos de competência entre tribunais. Isso ocorre quando um tribunal julga questões que também estão sob a jurisdição de outra instância, como, por exemplo, um tribunal trabalhista e uma vara de falências.

O Superior Tribunal de Justiça também julga reclamações para preservar sua própria competência e autoridade, além de homologar sentenças estrangeiras. Lembrando que todas estas atribuições você pode encontrar no artigo 105 da Constituição Federal.

Qual é a importância do STJ?

O Superior Tribunal de Justiça desempenha um papel essencial na organização do sistema jurídico brasileiro. Sua atuação garante a segurança jurídica e a igualdade no tratamento dos casos, impedindo interpretações discrepantes da mesma lei em diferentes regiões do país.

Além disso, o STJ é importante na consolidação da jurisprudência, ou seja, nos entendimentos estabelecidos pelo tribunal sobre questões jurídicas específicas. 

Essa jurisprudência não apenas orienta os demais tribunais do Brasil, mas também serve como guia para juízes e advogados, promovendo uma aplicação mais uniforme e coerente do direito em todo o território nacional. 

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