Entenda o que é Direito Arbitral e a importância dessa especialidade!

Homem segurando cartão amarelo e soprando apito

Você sabe o que é direito arbitral? Com a crescente complexidade das relações comerciais e a globalização dos negócios, o Direito Arbitral tem se mostrado cada vez mais relevante na solução de conflitos.

Se você ainda não conhece o Direito Arbitral, vamos explicar o que é essa especialidade e qual é a sua importância. Continue a leitura e confira os detalhes!

O que é Direito Arbitral?

O Direito Arbitral é um ramo do Direito que se dedica à solução de conflitos por meio de um procedimento extrajudicial e privado, realizado por árbitros escolhidos pelas partes. É uma forma alternativa de solução de controvérsias que não envolve o Poder Judiciário.

Na prática, as partes envolvidas em um conflito escolhem um ou mais árbitros que irão ouvir as partes e tomar uma decisão, que terá força vinculante e equivale a uma decisão judicial.

O procedimento arbitral pode ser utilizado em diversos tipos de conflitos, como contratos comerciais, disputas societárias, conflitos trabalhistas, entre outros.

O que diferencia o Direito Arbitral do Poder Judiciário?

A principal diferença entre o Direito Arbitral e o Poder Judiciário é a escolha dos árbitros. Enquanto no Judiciário a decisão é tomada por um juiz ou tribunal previamente designado, no Direito Arbitral as partes escolhem quem serão os árbitros responsáveis por julgar o conflito.

Outra diferença importante é que o procedimento arbitral é mais flexível do que o procedimento judicial. As partes podem escolher as regras que serão aplicáveis ao processo, o que permite uma adaptação às particularidades do caso concreto. Além disso, o processo é mais ágil e a decisão final pode ser proferida em um prazo menor do que no Judiciário.

Qual é a importância do Direito Arbitral?

Depois de descobrir o que é direito arbitral, chegou o momento de conhecer a sua importância. O ramo é relevante por vários motivos. Primeiro, ele oferece uma alternativa à Justiça estatal, que muitas vezes é demorada e onerosa. Por meio do Direito Arbitral, as partes podem solucionar o conflito de forma mais rápida e econômica.

Além disso, o Direito Arbitral permite que as partes escolham um ou mais árbitros especializados no tema do conflito. Isso garante uma decisão mais bem fundamentada e tecnicamente mais precisa.

Outra vantagem do Direito Arbitral é que ele garante a confidencialidade do processo. Ao contrário do que ocorre no Judiciário, o procedimento arbitral é sigiloso, o que garante que as informações e documentos trocados entre as partes permaneçam protegidos.

O Direito Arbitral também é uma forma de incentivar a negociação entre as partes. Como o procedimento é conduzido de forma mais informal e flexível, as partes podem dialogar e buscar uma solução consensual para o conflito.

Dois homens de terno com luvas de boxe
O Direito Arbitral garante segurança para as partes e evita disputas mais sérias

Por fim, o Direito Arbitral é importante para a segurança jurídica e a previsibilidade nas relações comerciais. As decisões arbitrais têm força vinculante e equivalem a uma decisão judicial, o que garante a estabilidade das relações entre as partes.

O que é cláusula compromissória?

Além de saber o que é direito arbitral, é importante conhecer sobre a cláusula compromissória, que é um acordo firmado entre as partes em um contrato, no qual elas se comprometem a resolver eventuais disputas por meio de arbitragem, em vez de recorrerem ao Poder Judiciário.

Ela é um elemento essencial em um contrato de arbitragem, pois é o que garante que eventuais conflitos serão resolvidos por meio de um procedimento extrajudicial e privado, conduzido por árbitros escolhidos pelas partes.

A cláusula compromissória deve ser redigida de forma clara e objetiva, para que não haja dúvidas sobre a intenção das partes de submeterem eventuais conflitos à arbitragem.

É importante que a cláusula esteja presente desde o início da negociação do contrato, de forma que as partes saibam previamente que a arbitragem será o meio de solução de controvérsias adotado.

É possível incluir na cláusula compromissória algumas informações relevantes, como a escolha da câmara arbitral responsável pela administração do procedimento, a quantidade de árbitros que serão escolhidos, a lei aplicável ao processo, entre outras.

Além disso, a cláusula compromissória pode ser inserida em contratos já existentes, desde que haja concordância das partes. Nesse caso, a inclusão da cláusula compromissória deve ser formalizada por meio de um aditivo contratual.

É importante ressaltar que a cláusula compromissória é irrevogável, ou seja, as partes não podem desistir da arbitragem depois que ela foi acordada. Isso garante a segurança jurídica e a previsibilidade na solução de controvérsias.

O que fazer para atuar com Direito Arbitral?

Para atuar no ramo do Direito Arbitral, é necessário ter formação em Direito, pois a arbitragem é um ramo jurídico. Além disso, é recomendável que o profissional tenha especialização em Direito Arbitral, para se aprofundar nos conhecimentos teóricos e práticos da arbitragem.

Uma das maneiras de adquirir conhecimentos em Direito Arbitral é por meio de cursos de pós-graduação lato sensu em Direito Processual Civil ou Arbitragem, que oferecem disciplinas específicas sobre o tema. 

Martelo de juiz com capelo em cima da mesa
É preciso se formar em Direito e estudar a área de Direito Arbitral para atuar nela

Também é possível buscar cursos específicos de formação de árbitros, que capacitam o profissional para atuar como árbitro em procedimentos arbitrais.

Além da formação acadêmica, é fundamental que o profissional tenha experiência em litígios, de modo a compreender a dinâmica dos conflitos e desenvolver habilidades necessárias para atuar na arbitragem.

Como adquirir experiência para atuar na área?

É possível adquirir experiência por meio de estágios em escritórios de advocacia que atuam na área de arbitragem ou por meio de participação em procedimentos arbitrais como advogado.

Outra forma de atuar na área de arbitragem é por meio da administração de procedimentos arbitrais. As câmaras arbitrais, que são responsáveis por administrar os procedimentos arbitrais, costumam contratar profissionais para atuar como secretários-gerais ou gestores de casos.

Além disso, é relevante estar atualizado sobre as novas tendências e mudanças na legislação que envolve o tema, participando de eventos e congressos especializados, lendo publicações e artigos de profissionais da área.

Por fim, é importante lembrar que a atuação na área da arbitragem requer não apenas conhecimentos técnicos, mas também habilidades como negociação, comunicação e capacidade de resolução de conflitos de forma imparcial e eficiente, sendo preciso estar preparado para lidar com situações complexas e desafiadoras, que exigem respostas rápidas e precisas.

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Agora que você já sabe o que é direito arbitral, deve ter notado que essa é uma especialidade do Direito que oferece uma alternativa à Justiça comum para a solução de conflitos. Por isso, a arbitragem tem se mostrado cada vez mais relevante na solução de disputas, sendo, portanto, uma excelente área de atuação para os profissionais da área jurídica.

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Perguntas Frequentes

Qual é um exemplo de arbitragem no Direito?

Um exemplo de arbitragem no direito é a solução de conflitos entre empresas e a solução de disputas societárias, como conflitos entre sócios de uma empresa.

A arbitragem pode ser uma forma eficaz de solucionar essas controvérsias, garantindo a confidencialidade do processo e a escolha de um árbitro especialista na área em disputa.

O que é a lei de arbitragem?

A Lei de Arbitragem, Lei nº 9.307/1996, regula a arbitragem no Brasil, estabelecendo regras e procedimentos que devem ser seguidos em um procedimento arbitral, as competências e responsabilidades dos árbitros, das partes e das câmaras arbitrais.

Também define as situações em que é possível recorrer ao Poder Judiciário e as condições para a anulação da sentença arbitral.

Quais são os tipos de arbitragem?

Há a arbitragem ad hoc e a arbitragem institucional. Na primeira, as partes envolvidas escolhem os árbitros e definem as regras do processo, de forma a se adequar às suas necessidades.

Na segunda, o procedimento é conduzido por uma câmara arbitral, que é responsável pela administração do processo e pela escolha dos árbitros, seguindo regras pré-definidas.

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