O que é negligência? Entenda o significado jurídico desse termo!

Homem trabalhando em construção sem equipamentos de segurança

Você sabe o que é negligência? Se você está se aventurando no mundo do direito ou simplesmente deseja compreender melhor como funcionam os processos legais, este conteúdo foi feito para você!

Neste artigo, vamos explicar de forma simples e clara o conceito jurídico de negligência, abordando o que a legislação diz sobre o tema, suas consequências jurídicas e muito mais. Prepare-se para uma leitura esclarecedora e seu impacto no contexto legal.

O que é negligência?

Negligência é a falta de cuidado ou atenção em uma situação, sendo caracterizada pela inação, passividade, inércia e conduta omissiva. Ela ocorre quando alguém deixa de cumprir o dever de cuidado, o que pode resultar em danos ou lesões para outra pessoa. 

O que a legislação diz sobre negligência?

No Código Civil, o artigo 186 estabelece que aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, mesmo que seja um dano exclusivamente moral, comete um ato ilícito.

Além disso, o Código Penal, em seu artigo 18, aborda as modalidades de crime culposo, onde inclui a negligência. O agente é considerado culpado quando causa um resultado danoso devido à imprudência, negligência ou imperícia. 

Portanto, a legislação brasileira reconhece a negligência como uma conduta ilícita que pode levar a consequências legais, especialmente em casos de danos causados a outras pessoas.

Qual a diferença entre negligência, imprudência e imperícia?

A negligência, como discutido anteriormente, envolve a falta de cuidado (omissão) ou atenção adequada em uma situação. Ela ocorre quando alguém deixa de cumprir seu dever de cuidado, resultando em danos a terceiros.

A imprudência, por outro lado, está relacionada à ação precipitada ou descuidada. Ela ocorre quando alguém age de maneira apressada, sem o devido cuidado e atenção, o que pode resultar em consequências negativas. Exemplos de trânsito são bastante comuns em casos de imprudência:

  • dirigir bêbado;
  • dar marcha ré no veículo sem olhar para trás;
  • ultrapassar o sinal vermelho;
  • circular acima da velocidade máxima estabelecida.

Já a imperícia está relacionda com a falta de habilidade ou competência necessária para realizar uma determinada tarefa ou atividade. Envolve ações inadequadas devido à inexperiência ou falta de treinamento adequado. Um bom exemplo é o médico que faz uma cirurgia sem o devido conhecimento, prejudicando o paciente.

Pessoa segurando garrafa de cerveja para fora de carro
Dirigir bêbado é uma ação imprudente

Como a negligência ocorre na prática?

A negligência se manifesta de diversas formas na vida cotidiana. Um exemplo está relacionado à guarda de crianças, quando o juiz retira a guarda de uma criança dos pais por negligência. Isso significa que os responsáveis falharam em cumprir deveres fundamentais para o bem-estar dela. 

Na área da medicina, a negligência pode se manifestar de diversas maneiras, como o abandono de um paciente ou a omissão de tratamento necessário. Um exemplo notório é quando um médico cirurgião deixa um objeto estranho no corpo de um paciente após uma operação, causando sérios danos à saúde.

Também pode acontecer a negligência de informação. Ela ocorre quando dados importantes, como artigos científicos ou prontuários médicos são omitidos de documentos em que deveriam estar registrados. Essa omissão pode ter implicações sérias, especialmente quando se trata de tomar decisões médicas fundamentais.

Médico pegando tesoura em cirurgia
Deixar um objeto em um paciente é considerado negligência médica

Quais são as consequências jurídicas da negligência?

O artigo 927 do Código Civil estabelece que aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Em outras palavras, quando alguém age com negligência e causa prejuízos a outra pessoa, é legalmente obrigado a compensar os danos.

Além disso, o parágrafo único do mesmo artigo enfatiza que a obrigação de reparar o dano existe independentemente de culpa nos casos especificados em lei, ou quando a atividade desenvolvida pelo autor do dano causar risco para os direitos de outrem. 

Ou seja, a negligência pode gerar consequências jurídicas, mesmo que a pessoa não tenha agido intencionalmente, especialmente quando a atividade em questão envolve risco para terceiros.

O que é uma ação de reparação de danos?

Uma ação de reparação de danos busca compensar uma pessoa ou empresa pelos prejuízos sofridos devido a atos negligentes ou imprudentes de terceiros. No contexto da negligência, essa ação é fundamental para garantir que a vítima seja devidamente ressarcida por danos causados por condutas descuidadas que violaram seus direitos.

A ação de reparação de danos é movida pela vítima ou por seus representantes legais para obter compensação financeira pelos danos sofridos. Isso pode incluir danos materiais, como despesas médicas e perda de propriedade, bem como danos morais, como sofrimento emocional e trauma. 

Por exemplo, se alguém for vítima de um acidente de carro devido à negligência do motorista de outro veículo, é possível entrar com uma ação de reparação de danos para buscar compensação pelos danos materiais ao veículo.

Qual é a importância de um advogado em uma ação de reparação de danos?

O papel do advogado em uma ação de reparação de danos é fundamental. Ele é responsável por analisar o caso e determinar se existe base legal para uma ação de reparação de danos. O advogado tem o conhecimento e a experiência necessária para avaliar a negligência, imprudência ou imperícia envolvida no caso. 

Além disso, o advogado presta orientações à vítima, explicando quais passos legais devem ser tomados para buscar a reparação necessária. Isso inclui esclarecer os seus direitos, prazos legais e procedimentos judiciais. 

Outra razão pela qual um advogado é importante nesse contexto é que ele pode lidar com todo o processo em nome da vítima. Isso inclui a coleta de evidências, a negociação com a parte responsável e, se necessário, representar a vítima em um tribunal. 

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