Ao dar os primeiros passos em uma faculdade de Direito, o estudante se depara com uma série de termos jurídicos que frequentemente levantam questionamentos. Um dos questionamentos mais recorrentes é sobre o significado de nulidade.
Neste artigo, vamos explicar de maneira clara e simples o conceito de nulidade no contexto jurídico. Iremos abordar o propósito por trás desse termo, acompanhado de exemplos práticos que ilustram seu uso. Tenha uma ótima leitura!
Qual é o significado de nulidade?
Nulidade é a sanção imposta pela lei aos atos e negócio jurídicos que são realizados sem seguir os requisitos essenciais necessários, o que impede que produzam os resultados que normalmente teriam. Em outras palavras, a nulidade ocorre quando um ou mais elementos de um negócio jurídico não satisfazem os critérios de existência, validade e eficácia estabelecidos.
O que é considerado nulo de acordo com o Código Civil?
O Código Civil estabelece as bases para as relações jurídicas, incluindo os critérios que conferem validade aos negócios jurídicos. No artigo 166, são enumeradas as situações em que um negócio jurídico é considerado nulo. Vamos explorar essas situações em detalhes:
- celebrado por pessoa absolutamente incapaz: isso se refere a negócios realizados por indivíduos que não possuem capacidade legal para tomar decisões, como menores de idade não emancipados ou pessoas que sofrem de incapacidade mental;
- objeto ilícito, impossível ou indeterminável: um negócio é nulo quando o que está sendo acordado é ilegal, impossível de ser realizado ou quando os termos do acordo não são claros o suficiente para determinar o que é objeto do contrato;
- motivo ilícito comum às partes: se o motivo subjacente ao negócio for ilegal ou contrário à lei, o contrato é nulo. Ambas as partes compartilharem esse motivo inválido leva à nulidade;
- ausência da forma prescrita em lei: alguns negócios jurídicos requerem uma forma específica para serem válidos. Se essa forma não for cumprida, o negócio é nulo. Por exemplo, contratos que devem ser celebrados por escrito, mas não o são;
- falta de solenidades essenciais: em alguns casos, a lei exige solenidades específicas para conferir validade a um contrato. A ausência dessas solenidades leva à nulidade do negócio;
- intenção de fraudar a lei imperativa: se o objetivo principal de um negócio jurídico for contornar leis imperativas ou fraudar a lei, o contrato é considerado nulo;
- declaração de nulidade pela lei ou proibição expressa: se uma lei declarar explicitamente um tipo de contrato como nulo, ou proibir sua prática sob pena de sanção, o negócio é nulo.
Vale destacar que a nulidade pode ser declarada de ofício pelo tribunal, ou seja, o próprio tribunal pode identificar e declarar a nulidade sem necessidade de uma parte apresentar uma ação específica. Além disso, as partes envolvidas no negócio, bem como o Ministério Público, têm o direito de alegar a nulidade de acordo com o artigo 168 do Código Civil.
Qual a diferença entre nulidade absoluta e nulidade relativa?
A nulidade absoluta ocorre quando um ato ou contrato viola princípios e regras fundamentais do Direito, afetando o interesse público e a ordem legal. Isso significa que a exigência descumprida é imposta pela lei com base no interesse público. Em outras palavras, a invalidade é tão grave que o ato é considerado nulo desde o seu início, como se nunca tivesse existido legalmente.
A nulidade relativa, por outro lado, acontece quando um ato ou contrato viola requisitos impostos pela lei no interesse das partes envolvidas. Geralmente, esses requisitos são relacionados a vícios de menor gravidade, que não afetam diretamente o interesse público. Nesses casos, a invalidade do ato não é tão severa, e o ato pode ser convalidado (reparado).
Como funciona a nulidade na prática?
Imagine um contrato comercial onde uma das partes, devido a ameaças ou coerção, é obrigada a assinar o acordo. Nesse caso, o contrato pode ser declarado nulo, uma vez que
a vontade de uma das partes não foi livre e espontânea. Além disso, houve uma violação grave dos princípios do Direito
Outro exemplo é o testamento feito sem a presença das testemunhas exigidas por lei. Essas testemunhas são necessárias para garantir a autenticidade e a validade do testamento. Como o requisito formal não foi cumprido, o testamento pode ser considerado nulo.
Por último, é o caso do juiz que não possui jurisdição sobre o assunto profere uma sentença. Pelo fato da sentença ser emitida por alguém que não tem a autoridade legal para fazê-lo, a decisão será considerada nula.
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Graduado em Direito na Universidade Paulista. Atuante no ramo trabalhista e administrativo em departamento jurídico ligado ao Órgão Portuário. Redator e copywriter desde 2022, com foco em assuntos jurídicos e acadêmicos. Apaixonado por escrita, café, música e história.