O que é ônus da prova? Entenda esse instituto jurídico!

Advogado mostrando prova em saquinho para pessoas em tribunal

Você sabe o que é ônus da prova? No complexo mundo do sistema jurídico, esse conceito desempenha um papel crucial para garantir a justiça e a imparcialidade nos processos legais. 

Neste artigo, iremos mergulhar na essência do ônus da prova, abordando a importância desse encargo jurídico, vamos explicar o que diz a legislação processual civil sobre o assunto, e muito mais. Confira e boa leitura!

O que é ônus da prova?

O ônus da prova é a obrigação legal de uma das partes de um processo apresentar evidências que sustentem as alegações feitas. Em outras palavras, é a responsabilidade de provar os fatos afirmados em um processo judicial. A parte que detém o ônus da prova deve demonstrar de maneira convincente que os elementos-chave do seu caso são verdadeiros.

Qual a importância do ônus da prova?

O ônus da prova garante que as decisões sejam baseadas em fatos sólidos e evidências substanciais. Ao estabelecer claramente quem tem a responsabilidade de apresentar provas, o ônus da prova reduz a possibilidade de alegações infundadas e protege contra julgamentos precipitados.

Ele também desempenha um papel crucial na eficiência do sistema judiciário. Ao determinar qual parte deve apresentar as evidências em cada caso, ele contribui para a economia de tempo, permitindo que os tribunais se concentrem nas questões centrais do litígio. Isso é especialmente relevante em um cenário legal onde a celeridade é fundamental. 

Além disso, o ônus da prova está ligado ao princípio “in dubio pro reo”, que significa que, na dúvida, a decisão deve favorecer o réu. Isso destaca a importância de provar a culpa além de qualquer dúvida razoável.

O que o CPC diz sobre o ônus da prova?

O Código de Processo Civil estabelece as regras sobre o ônus da prova de forma clara no artigo 373. Ele define como as partes em um processo judicial devem apresentar suas provas. O ônus da prova é a responsabilidade de mostrar evidências para sustentar as alegações feitas.

De acordo com o artigo 373 do Novo CPC:

  • O autor, ou seja, a pessoa que entrou com a ação, tem o ônus da prova sobre os fatos constitutivos de seu direito. Isso significa que ele deve apresentar provas que comprovem suas alegações iniciais;
  • O réu, por sua vez, tem o ônus da prova quando precisa mostrar a existência de fatos que impeçam, modifiquem ou extingam o direito do autor. Em outras palavras, o réu deve fornecer evidências que sustentem suas próprias afirmações.

Isso significa que tanto o autor quanto o réu têm responsabilidades de apresentar provas, dependendo das circunstâncias do caso. O objetivo é assegurar que todas as partes apresentem evidências para apoiar suas posições, garantindo um processo mais justo e bem fundamentado.

Investigador mostrando pacote com substância em pó para suspeito
O autor do processo deve apresentar evidências que sustentem suas alegações

O que é inversão do ônus da prova?

O CPC/2015 contempla situações em que o ônus de comprovar determinados fatos pode ser transferido de uma parte para outra. Isso ocorre quando a parte que deveria originalmente provar algo encontra dificuldades extremas ou impossibilidade de apresentar tais provas, enquanto a outra parte teria mais facilidade em obter evidências que possam confirmar ou refutar a alegação.

De acordo com o § 1º do artigo 373 do CPC:

“Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.”

Isso significa que o juiz, de forma fundamentada, pode decidir inverter o ônus da prova quando for mais viável ou mais justo dadas as circunstâncias do caso. Isso dá à parte que enfrenta dificuldades excepcionais a oportunidade de cumprir o ônus da prova de maneira diferente, levando em conta a obtenção mais fácil das evidências por uma das partes.

Qual a diferença entre ônus perfeito e imperfeito?

Existem duas categorias de ônus: perfeito e imperfeito. A distinção entre eles está relacionada às consequências decorrentes da não observância das obrigações impostas.

O ônus perfeito envolve uma obrigação que, se não for cumprida, resulta em consequências negativas para a parte responsável. Um exemplo é o ônus de apelar da sentença. Se a parte não recorrer, a sentença se torna definitiva e pode ser executada. Aqui, a falta de ação tem um impacto direto e desfavorável.

Por outro lado, o ônus imperfeito é aquele que pode, mas não necessariamente irá gerar um resultado desfavorável para a parte. O ônus da prova é considerado imperfeito porque não é uma obrigação, ou seja, se a parte não produzir a prova, não significa que ela será derrotada no processo.

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